CARTÕES POSTAIS
Poema de Antonio Miranda
Amor, os inselbergues de Patos
emersos do solo erodido,
ilhas dispersas em depressão
semiárida, pedregosa
e ensolarada: para os pés,
alpercatas de couro cru
e carcomidas enseadas:
os lavra dores.
Em Patos, Paraíba, um oásis
talhado sobre o granito,
amplas planuras dispostas
ao sopé, exposto às intempéries:
para os nossos pés andarilhos;
e aos lavradores, o rijo ofício,
as nossas palavras de hóspedes.
Patos, PB, 16.02.1963.
Ilustração gerada por IA, por
Nildo Moreira, em 2025.
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